sexta-feira, 1 de julho de 2011

O problema da representatividade.

Na maioria das sociedades democráticas a distanciação entre eleitos e eleitores, está a revelar-se como um enorme bloqueio à tomada das decisões e à participação dos eleitores que em última análise podem decidir entre um desenvolvimento harmonioso ou o colapso.
Internamente também os partidos e movimentos sociais não escapam ao problema.
O aparecimento de inúmeros movimentos com pouca ou nenhuma estrutura organizacional é testemunho disso.
Na base das comunidades existe hoje massa crítica que questiona os processos de eleição antigos e coloca em causa a representatividade dos eleitos.
Os processos de eleição não estão adequados às novas realidades. Hoje a discussão de ideias está muito facilitada pelos novos meios de comunicação e existência de redes sociais. O peso do território pesa mais pelos problemas comuns do que por proximidade de comunicação.
A afirmação das ideias está liberta do peso das assembleias “de tribo”, ganha força o indivíduo e o seu sentimento de participação livre e em igualdade com dirigentes e companheiros a quem não poucas vezes nos ligam sentimentos de amizade, mais do que concordância ideológica.
Temos de repensar os métodos de escolha nas comunidades, algumas tentativas que passam pela existência de listas abertas e escolha individual têm obtido resultados encorajadores. É possível e necessário fazer esta discussão.

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